quinta-feira, 1 de janeiro de 2009


Vem dançar comigo

Quero-te assim
Bem juntinho
Coladinho
Agarradinho

Vem encoste o teu rosto ao meu
Aperta-me em teus braços
E leve-me teus passos

São dois para lá
Dois para cá
Entre no ritmo da canção

Escuta o pulsar do meu coração
Batendo forte ao som da emoção
Não pare, são dois para e dois para cá

Solte o teu desejo
De rodopiar por um beijo
Estou sentido o Tum-tum

E o pulsar do teu...
Solte o corpo
E se entregue no batuque do meu peito

A música parou...
Para outra dança começar
É o começo da nossa festa vamos comemorar


sol pereira

Voltou?

Você voltou? Tinha quase certeza
Não saberia viver longe dos meus beijos
Tua boca é louca pela a minha boca

Perto de mim não existirão prantos
E você deixará para trás a tristeza
Entregar-se-á por inteiro aos meus encantos

Então, fique e não se vá outra vez!
Venha e acabe com este meu desejo
De te querer sempre quando te vejo

Em meu corpo, dou-te os meus seios
E com a minha paz
Acalentará os teus anseios

Só assim, sentirás o quanto a minha falta faz
Então, não fique tão distante
E venha, mesmo por um instante, e me satisfaz

Com os teus beijos que tenho desejo
Com os teus braços quero os abraços
Em teu coração quero a tua imensa PAZ

Sou o sol

Sou o sol, astro rei, sou a luz
Sou quem exala o calor
E os meus raios são dourados

Sou o único em nosso planeta
A minha platéia é enorme
Sou assediado por todos

Mas ninguém é tão solitário
Como sou na minha imensidão
E o meu par constante é a solidão

Ainda tem gente que diz
Que sou uma estrela
Ah! Se ela soubesse como sou infeliz

Com tantos admiradores
E também alguns seguidores
Mas, afinal das contas, sou o astro rei, muito exigente

Que só gosta:
Do impossível,
Do abstrato,
Do poucas letras
Do menino de história de quadrinho

Mas para mim o “sol”
Que é uma estrela lá no firmamento
O poucas letras que é o tal

E é muito bom na língua portuguesa
Ele até fez um dueto, que, para mim, parece mais um solo
Com uma menina camponesa

Meus eus

Muitas das vezes, pareço dócil
Mas sou como todo mundo
Há dias que sou azeda e com os meus destemperos

Sou mulher de aço
Mas também sou de algodão
Sou uma pantera, mas também sou anjo

Sou doce como o mel
Recatada como um anjo do céu
Mas também sou azeda como um fel

Sou normal, tenho meu momento de loucura
Mas muitas das vezes de ternura
Na cama, provoco arrepios, mas também os ais

Minhas faces são rosadas, sou tímida igual uma gazela
Pareço com uma menina camponesa
Mas quando saio à rua, me chamam de burguesa

Já tive tantos apelidos
Quando era menina, ficava brava com todos eles
Mas hoje devo admitir que os tenho guardados

Mas de todos o que mais gosto
É de ser chamada de Sol
Mulher do luau
E coisa e tal

E ainda prefiro ser parecida com uma tigresa
Do que ter um apelido de francesinha princesa.

Apaixone-se

Apaixone-se hoje, o depois não vigora
Amanhã poderá ser tarde
Não deixe para depois o que foi determinado agora

O depois está muito longe de ser alcançado
O agora está aqui neste exato momento
Falando dos seus sentimentos e se expondo

É só para você entender e, no coração, ser guardado
Que não devemos desperdiçar
Tudo aquilo que nos foi ofertado

Então, se apaixone agora
Pode ser por mim; mas olha: não tenho um vintém
Mas também pode ser por alguém

Que te leve muito mais além
Em uma terra que não exista ninguém
Então, é melhor se apaixonar por mim,

Sou alguém que não tem um vintém
Mas te quero muito bem!

No auge da minha sina
Estou dividido você
Olho grande não entra na China

Lembranças

Foram muitos momentos felizes
Tua infância foi regada de carinho e amor
Nunca teve momento de solidão
Foi uma menina rodeada de emoção

De menina francesinha
Assim era o teu apelido
À mulher burguesa

Hoje se sente só e triste
Embora parecesse ainda uma tigresa
Mais um predicado da língua portuguesa

E assim tu vais disputando
As atenções entre os sóis
E do A ao Z


E também és comparada
Com figuras de linguagem
Entrelaçando-se à matemática e até aos provérbios bíblicos

Duas retas não se cruzam
Água e azeite não se misturam
E levam a crer que a tua paixão é exponencial

O teu amor é um sujeito abstrato
Mas também possessivo
E gosta de sair pela tangente

Existem tantos obstáculos
Seria bom mesmo e você menina
Continuar como dantes, não mude

Foi e sempre será o sol
Se o homem não pode viver
Só de pão, então que ele busque um pomar
Mas não deixe escapar o teu amor.

Então: voltamos ao antigamente
Gostavas quando eras francesinhas
E coisa e tal

Querem-te absoluta,
Como o sol e as estrelas no firmamento
E, hoje, já me parece meio que distante

Muito além do horizonte
O que parecia ser concreto e real
É mais um sujeito abstrato, possessivo
Como tantos outros sem sentimentos

Sol pereira

01/01/2009