quinta-feira, 24 de julho de 2008

Cibele



Para muitos, você é o Sol
Para alguns, sou a Lua
As que têm fases
E seus amores

Sou lua nova
Lua cheia
Lua minguante
Lua crescente

Também sou chamada de Cibele
Nos tempos dos gregos e romanos
Cibele era a mãe dos Deuses
E o grande Sófocles a chamava de “mãe de tudo”

Sou da noite
Sou da vida
Sou da caçada
Sou o açoite

Sou aquela que te amamenta com os meus seios
Que manda embora todos os teus receios
De menino Sol amedrontado

Sou a Cibele, deusa da Lua
Aquela que guarda teus segredos
De menino Sol apaixonado pela Deusa. Mãe Lua

Sol pereira

Dê-me, Senhor



Dê-me, Senhor, paz ao meu coração
Não quero ficar doente de tanto pensar
Levanto meus olhos e peço o teu perdão

Não quero mais nessa vida sentir rancor
Quero somente acreditar nas pessoas
Sei que elas são passivas de erros e eu também sou

Dê-me, Senhor, esperança para que eu possa
Ainda caminhar com a minha cabeça erguida
Sem pensar em tristeza ou até em morte

Perdoa-me, Senhor, se tais pensamentos
Povoam o meu coração, mas são tantas
As provas que tenho passado e suportado

Que parece que o meu coração vai explodir de tanta tristeza
Da-me, Senhor, serenidade ao anoitecer
Durante o dia tudo é mais fácil, ocupo-me com as tarefas
Mas terrível é ao anoitecer, quando a lua brilha em minha janela

Aí, bate a saudade das coisas que já fiz
E das que não fiz e nem vivi
Sinto saudades dos meus irmãos
E das pessoas que eu amo que já se foram
Senhor, não posso viver assim nesta tristeza
Faça alguma coisa, meu Senhor, acalenta minha alma

É uma dor muito grande aqui no meu peito
Ele pode até explodir se o Senhor não intervir
Dê-me, Senhor, serenidade por uma noite apenas
Para que possa deitar-me e dormir sem pensar no amanhã
E não esperar mais naquilo que sei: nunca mais voltará

Sol pereira

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