segunda-feira, 27 de abril de 2009

Noturno nº2




Hoje ainda é outono, sinto-me triste.
Embora uma estação maravilhosa
Seria a fala de alguém?
Não sei a resposta, pois todos se foram
E deixaram à pergunta no ar
Coloco noturno número dois de Chopim
E viajo longe, volto em algum lugar do passado
E vejo-me no corpo de uma jovem bonita
De cabelos não muito longos, mas sedosos
Quadris fartos, seios pontudos e olhos cor de mel
E me ponho a valsar e meu corpo lembra
Dos passos suaves e os rodopios que dávamos
Ao som do noturno e da luz do luar
Teu rosto colado ao meu que ansiava por um beijo
E eu me entrego as tuas carícias rodopiando cada vez mais
Dávamos gargalhadas e tudo rodava em nossa volta
Amamos ao som do noturno em algum lugar do passado
Retorno e a música acabara de tocar

26/04/2009

ROSA RUBRA



Tua boca delicada
Percorre meu corpo
E me deixa excitada

Tuas mãos longas e macias
Desatam os botões e as pétalas
Da rosa rubra orvalhada

Deixando toda minha nudez
Alva e transparente realçada
Pela minha inexplicável insensatez

Tua boca me beija
Tuas mãos me alisam
Meus seios se eriçam

Ao simples e lacônico beijo
E não dá para ser diferente
Aqui com meus botões

Todos desabotoados a espera
Por tua longa língua ávida
A saciar-me completamente

sol pereira

domingo, 26 de abril de 2009

AMAR É




Tudo tem sentido
Se for feito com amor
Não se afaste mais, ou estarás perdido

Se teu coração foi fisgado
E clama pela paixão
Das artimanhas do cupido

O jeito é se render
O que não tem jeito remediado estar
Melhor viver do que fenecer

Pois milagres e amores
Não aparecem todos os dias
Vamos juntos regar as nossas flores

Hoje, posso-te amar
Mas o amanhã
Pode não chegar

Então, ame
E me ame
E juntos amaremos
Pois, AMAR É

Sol pereira

26/04/2009

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sábado, 25 de abril de 2009

A musa



Ser a tua musa e a tua inspiração
É um privilégio para poucas
Ah! Se tivesse este sortilégio
Dentre todas as mulheres
De ser tua musa inspiradora
Te mostraria um encanto entre milhares
E bastariam alguns momentos
Ao teu lado, te levaria ao céu
Não precisaria ser eternamente
Habitaria o teu coração de modo tão ardente
Que te fizesse feliz somente por alguns instantes
Depois, voltaria à minha realidade
De mulher comum, mas com muito privilégio.
De ter sido a musa que descortinou o teu véu

Sol pereira

Quem é você?




Quem é você
Que me põe doce na boca
Tira a minha roupa
Deixa-me nua e louca
Para depois fugir assim

Diga-me quem é você
E te direi do que sou capaz
Sou aquela que te ama
Na loucura e na paz
E que apenas te ama e nada mais

Diga-me agora quem é você?
E se é capaz de dizer-me
Que o meu amor é insano
E que me tens um amor
Desmedido e profundo

E te direi:
Nada
Fui
Nada
Ousei
Nada fiz
Só te amei


Sol pereira

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sou do tamanho do amor


Sou assim como me vê
Sou do tamanho do amor
E caibo inteirinha dentro de você

Ajustes perfeitos
Tamanho exato do prazer
Somos: côncavo e convexo

sol pereira

quarta-feira, 22 de abril de 2009


NÃO DIGA ADEUS

Porque sempre tem de partir de mim
Sou eu quem dá o primeiro passo
Porque teimas em me dizer adeus
Cada vez que te venho ver

Dê-me mais uma vez uma chance
Quero mostrar que poderemos
Ser muito mais de que simples amigos
Não queria dizer-te adeus, não queria mais partir

Não desperdice esta oportunidade
Volte atrás e diz que me ama
Daria tudo que tenho só para não te perder
Seja pelo menos uma vez real e, diz que me ama

Não jogue fora todo o tempo vivido
Um amor tão belo não pode morrer assim
Com um simples adeus, a minha casa são os teus olhos
A minha felicidade é estar junto ao teu coração

Então, diz que me ama e, volte
Tenho nos teus olhos a cor do meu mar
Tem no meu coração todo o meu amor

Sol pereira

22/04/2009

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Tamanho do prazer


Tamanho do prazer

Sou do tamanho que eu quero ser
Do tamanho do amor
Medida exata do prazer

Corpo, essência, hálito e boca
Misturam-se ao teu beijo
Encaixe perfeito do desejo

E você cabe inteirinho
Dentro de mim
Perfeito no meu ninho

Suas formas se encaixam
Em perfeita sintonia
Como o côncavo e convexo

Somos corpo e alma
Do tamanho do amor

Sol pereira

17/04/2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009

CONFLITOS



Já que começou
Partiu de você
Estou aqui
Sem brigas
Sem atirar pedras
Quem não pecou?
Não vou atirar a primeira
Deixo para você
Não fui eu quem deu início a partida
Que até hoje dói a ferida
Sim, vou ficar aqui
Passearei na avenida
De mãos dadas com a solidão
Melhor assim
Fogo e palha
Espalha
Água falta
No planeta
Melhor assim
Não vou mais atacar
Minhas palavras ficaram mudas
Meus versos sem rimas
Minhas estrofes sem cadências
Minha poesia não me quer
Não estou feliz
Isso é uma evidência
Não posso explicar
Deixo para ciência
Ou, seria da consciência?
Não tem importância
E o silêncio se fez mais uma vez
Quem nunca se sentiu assim:
Em conflitos
Perturbados
Esquecidos
Magoados
“Atirem a primeira pedra”

sol pereira

13/04/2009

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Um dia de arrebol




Espero ansiosa todas as manhãs
Ainda deitada, vigio tuas pálpebras cerradas
Em um sono tranquilo satisfeito dos gozos da noite anterior
Chego mais perto de você e roço os meus lábios nos teus

Você dá um suspiro e vira de costas para mim
Beijo tua nuca com minha língua ávida de desejo
De ser tua mais uma vez antes de saíres para o trabalho
Acordo-te bem de mansinho e você me faz um carinho

E pede com este jeito que só você tem
Cedo-me sem fazer-me de rogada, fazemos amor
Como fazemos nas madrugadas, onde somos interrompidos
Pelo canto da cotovia nos alertando que já vai raiar o dia

Levantamos já saciados e retomamos as nossas rotinas
Mais uma vez, te amei à espera de um lindo dia de arrebol

Sol pereira

08/04/2009

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FELIZ PÁSCOA


Queridos amigos


Uma feliz Páscoa para você e toda sua família!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Somos assim


Somos assim:

Divididos em partes iguais
Uma parte de mim é amor
Que se funde em você

Somos partes que se completam
Pedaço de mim
Pedaço de você


E no peito teu

Pulsa um coração meu


sol pereira

terça-feira, 7 de abril de 2009

Homem carioca




Hoje, minha homenagem
Vai para o homem carioca
Ele é tudo de bom e não tem
Quem diga que não
Adoro ver um homem
De sunga preta bem coladinha
Batendo uma bola
Nas areias molhadas de uma prainha
Do bairro mais bonito
Aqui do Rio de Janeiro
Ele é um charme, com suas pernocas grossas
E suas costas bronzeadas
Seu abdome bem-definido
Seu tórax estufado
Umbiguinho molhado de suor
Correndo atrás de uma bola
Como fora um moleque
Com os cabelos ao vento
E seu sorriso maroto
Mostrando seus dentes
Lindos e aperolados
Ah! O homem carioca é tudo de bom
Um perfeito colírio para os meus olhos

Que me desculpem os outros...
Mas ser carioca, bater um bolão
Para as mulheres do calçadão
É fundamental e é tudo de bom!

Sol pereira

sábado, 4 de abril de 2009

Raio, tempestade e vento


♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ Raio, tempestade e vento♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥

Sou a aquela que você amou
Que veio nos raios
A mulher que acalmou
A tua tempestade
A moça dos ventos
A menina dos teus olhos
O raio que reluz do teu olhar
Sou a calmaria
Dos teus ventos

Enfim sou:
A menina dos raios
A mulher das tempestades
A moça dos ventos
Sol e a lua
Gozo e prazer
Fogo e água
Amor e paixão
Sou guardada para sempre
Dentro do teu coração

Sol pereira

Vá Com Deus





Vá com Deus
E traga-o de volta
O meu amor eternizou
O meu destino
E não tenho volta
Vá com Deus, mas volta
Para o teu recanto
Sentirei a tua falta
Entoarei um triste canto
Que só os anjos ouvirão
Então, sorrir por mim
O que foi moldado pelo destino
Só a mão do divino
Poderá desatar os laços
Vá com Deus, mas volte
Para viver em meus braços
O teu destino está moldado
Ao meu destino traçado
É isto é um fato, vá com Deus

Sol pereira

04/04/2009

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A poesia não me quer




Hoje, a poesia não me quer
Estou travada
Tento puxar palavras
Tento fazer um verso
Não consigo rimas
Só sai palavras desconexas
Sem nexo
Fora do tom
Sem nenhum estilo
Lembro de uma estrofe

"Ninguém me ama
Ninguém me quer
Ninguém me chama
De meu amor"

Muito démodé
Busco na memória
Então, vou falar do beijo
Tema em moda
Que tal falar
Do último beijo
Aquele que marcou
A nossa história
Mas não consigo
Já faz muito tempo
Que me deu aquele beijo
Naquele dia você me espreitou
Nas escadas
Olhou-me nos olhos
Pegou-me pela mão
E beijo-me a boca
Como se fosse o teu último beijo
Como de fato foi
Mas não consigo lembrar
Hoje, estou travada
Acho que a poesia não me quer
Melhor assim
Sofro menos
Sou humana demais
Para aceitar as pancadas da vida
Sou humana demais por ter querer
Ah! Como não queria ser humana
E não amar quem não me merece
Hoje, só quero chorar sozinha
Não quero a poesia como companhia

Sol pereira

03/04/2009

Minha boca


Minha boca é INESQUECÍVEL

Uma vez beijada

Torrna-se uma marca indelével

Nos lábios da pessoa amada


sol pereira