Lembranças
Foram muitos momentos felizes
Tua infância foi regada de carinho e amor
Nunca teve momento de solidão
Foi uma menina rodeada de emoção
De menina francesinha
Assim era o teu apelido
À mulher burguesa
Hoje se sente só e triste
Embora parecesse ainda uma tigresa
Mais um predicado da língua portuguesa
E assim tu vais disputando
As atenções entre os sóis
E do A ao Z
E também és comparada
Com figuras de linguagem
Entrelaçando-se à matemática e até aos provérbios bíblicos
Duas retas não se cruzam
Água e azeite não se misturam
E levam a crer que a tua paixão é exponencial
O teu amor é um sujeito abstrato
Mas também possessivo
E gosta de sair pela tangente
Existem tantos obstáculos
Seria bom mesmo e você menina
Continuar como dantes, não mude
Foi e sempre será o sol
Se o homem não pode viver
Só de pão, então que ele busque um pomar
Mas não deixe escapar o teu amor.
Então: voltamos ao antigamente
Gostavas quando eras francesinhas
E coisa e tal
Querem-te absoluta,
Como o sol e as estrelas no firmamento
E, hoje, já me parece meio que distante
Muito além do horizonte
O que parecia ser concreto e real
É mais um sujeito abstrato, possessivo
Como tantos outros sem sentimentos
Sol pereira
01/01/2009
Foram muitos momentos felizes
Tua infância foi regada de carinho e amor
Nunca teve momento de solidão
Foi uma menina rodeada de emoção
De menina francesinha
Assim era o teu apelido
À mulher burguesa
Hoje se sente só e triste
Embora parecesse ainda uma tigresa
Mais um predicado da língua portuguesa
E assim tu vais disputando
As atenções entre os sóis
E do A ao Z
E também és comparada
Com figuras de linguagem
Entrelaçando-se à matemática e até aos provérbios bíblicos
Duas retas não se cruzam
Água e azeite não se misturam
E levam a crer que a tua paixão é exponencial
O teu amor é um sujeito abstrato
Mas também possessivo
E gosta de sair pela tangente
Existem tantos obstáculos
Seria bom mesmo e você menina
Continuar como dantes, não mude
Foi e sempre será o sol
Se o homem não pode viver
Só de pão, então que ele busque um pomar
Mas não deixe escapar o teu amor.
Então: voltamos ao antigamente
Gostavas quando eras francesinhas
E coisa e tal
Querem-te absoluta,
Como o sol e as estrelas no firmamento
E, hoje, já me parece meio que distante
Muito além do horizonte
O que parecia ser concreto e real
É mais um sujeito abstrato, possessivo
Como tantos outros sem sentimentos
Sol pereira
01/01/2009
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