quinta-feira, 20 de novembro de 2008


Ah! Namorei-te

Em um canto do sofá
Você de frente para mim
Segurando minhas mãos
Sugando minha boca sem fim

Tu me namoraste em uma bancada
Foi um encontro com hora marcada
Foram beijos roubados, abraços dados
Desejos saciados e corpos molhados

Nosso namoro foi clandestino
Encontros escondidos
Afago repentino
É assim que a gente se namora
E o nosso amor vigora

Ah! É assim que a gente se ama
E sempre acaba em uma cama
Abraços apertados, corpos enroscados
Carícias de mãos e beijos melados

Hoje te quero como um amor fiel
Não quero trocar um simples anel
Quero o teu amor, a tua total confiança
Afirmar uma aliança de amor e esperança

Sol pereira

Namorei-te

Namorei a tua foto do Orkut
E apaixonei-me pelo teu perfil
Este namoro foi entre:
Cabos, fios e uma telinha fria

Namorei-te no MSN, Orkut e Gmail
Entre scraps e por meio de depoimento
Quando a coisa ficava quente
Era por e-mail extremamente confidente

Depois, este namoro virtual
Virou um amor mais do que real
Não tinha mais você em um simples perfil
Nem mais um simples namoro infantil

Vi-me em maus lençóis
E não posso mais fugir e mentir
E confesso, te quero a sós em um amor sem fim.

sol pereira

Um dia de cão

Mais uma vez, a natureza fica contra os trabalhadores e os moradores da Praça da Bandeira. Mas não responsabilizo a natureza e sim o ser humano, ele é o causador desse destempero do planeta Terra.

Chuvas de janeiro em pleno novembro!
Quem sofre com tudo isso é o pobre do trabalhador,
que não tem como voltar tranqüilo para sua residência
após um longo e cansativo dia de trabalho.

O ambicioso desmata a nossa maior riqueza e, mais uma vez, quem sofre é a humanidade.
Ontem, eu, que também sou responsável por me valer dos recursos que a natureza me traz, fiz questão de registrar aqui, na Praça da Bandeira, próximo à Tijuca, a dificuldade que tivemos para retornar aos nossos lares.

Tivemos que recorrer, novamente, a várias conduções, sem contar que o patrão não quer nem saber e não financia estes gastos que temos a mais quando chove aqui no Rio de Janeiro – principalmente na rua do Matoso, local onde trabalho, que tem suas ruas alagadas, parecendo mais um rio de águas sujas e um mar de lama.

A praça Afonso Pena (onde se localiza o metrô) ficou
submersa. Ali, só eram vistos os encostos dos bancos, os
jardins alagados e os brinquedos mergulhados na lama.
Tudo isto por causa da indiferença de todos, porque somos todos responsáveis pela destruição da natureza e não fazemos coisa alguma para modificar a depredação do planeta.

Estou completamente infeliz com o descaso dos governantes.
Para ser sincera, fico muito triste, pois sei que nunca mais teremos de volta o nosso planeta de antigamente - quando o mundo era mundo.
Venho observando que a ganância é maior pelo TER e o SER ficou em planos inferiores.
Nós, seres humanos, estamos dando um fim neste maravilhoso planeta onde habitamos – Terra.

Quero, com este protesto, não só responsabilizar os governantes, mas todos nós, porque temos parcela de culpa, só pensamos e damos valor nas horas em que somos atingidos pelo destempero da natureza.

Quero, também, falar da minha vergonha, como cidadã carioca, de ter que registrar, com um aparelho de celular, o caos em que se encontra o Rio de Janeiro.
Vamos, senhores governantes! Os idosos, as crianças e, principalmente, os trabalhadores já não agüentam mais este descaso, pois somos os principais atingidos.
Ainda, quero ressaltar que toda vez que chove dessa forma, nossos nervos ficam à flor da pele e não sabemos como proceder, porque, a cada ano que passa, a população cresce e o desmatamento acelera e nada é feito faz para prevenção.

Sol pereira


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