quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Lembranças

Um nó sufoca-me a garganta,
Quando eu penso e ouço falar em desenlace
A dor bate no peito e se agiganta.

Tomando conta da minha razão
A dor é insuportável, lembro-me dos que já foram
É como uma bala perdida que bate no meu coração.

É como uma chuva inundando a minha emoção
O coração fica apertado e chora lágrimas de saudade
É um turbilhão de sentimentos tirando-me a razão
É um querer ir também, é uma imensa ansiedade.

Mas lembro que tudo tem a sua hora
Que nada é por acaso e tenho que aguardar
E aceitar a minha vida, e dela ser merecedora.
Ser menos rancorosa com as pessoas e saber perdoar.

Sol Pereira

Limpando gaveta



Hoje, acordei com uma vontade louca de fazer
uma limpeza na minha vida.
Comecei limpando minhas gavetas.
Tirei fotos que me deixam triste,
cartas de amores antigos, dando lugar a um novo amor.
Joguei fora todos os discos de vinil.
Só deixei os atuais e alegres que me trazem boas recordações.

Doei todas as minhas roupas, os meus móveis antigos,
objetos de valor, mas deixei o meu velho piano
e os meus livros, pois, na hora da solidão, eu me viro com eles.

Mudei de casa, de rua, de bairro, de cidade, de trabalho,
de amigos e, principalmente, de amor.
Fiz, também, uma limpa nos meus meios de comunicação eletrônicos.
Deletei os fantasmas e pessoas sem competência para uma amizade sincera e, até mesmo, para um relacionamento mais profundo.

Como diz um proverbio famoso:

“Quem não tem competência não se estabelece”.

sol pereira