quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Poeta
Não somos poetas de brinquedo
Nas veias, corre sangue vermelho
Temos amor no peito e amamos sem medo

Fazemos da poesia uma ponte
E, nela, podemos atravessar
Para plantar e adubar a semente

Que nascerá em um vergel
As mais lindas flores
Doces como o mel

Assim são as palavras
Escritas no papel
Que saem do peito como fel

Depois de escritas
Quem as lê vai para o céu
Assim somos nós poetas

Sangue, alma, essência e sentimentos
Sol pereira

24/02/2009

Relatos de uma mulher apaixonada

Devo- te confessar que fiquei excitada
Quando você me disse que estava só
Em um quarto com teu pênis duro

Fiquei imaginado aqui com os meus botões
E me perguntando como seria você?
Baixo, branco, médio, moreno, alto negro

Não importa muito a tua aparência
Já que estou completamente apaixonada
Por você, pelas tuas poesias, pelas tuas investidas

Sempre sonho com você e desprendo de mim
Vou até a tua cidade e lá te encontro
Nu com ele arrojado a minha espera

Deitamos em uma cama macia
Você toma-me pelos braços e beija-me a boca
Acaricia minhas costas, desce até a minha nádega

Ele pulsante introduz em mim
Querendo ejacular de tão gostosa que estou
Passeia com tua boca nos meus seios

Durinhos já apontando no teu peito
Abre minhas pernas com cuidado
E beija em volta da minha rosa

Brinca com o meu clitóris
Morde até ele ficar completamente excitado
E me toma, mais uma vez, pelas costas

E te dou mais uma vez completamente apaixonada
Só que dessa vez sou eu quem cavalga buscando
Os mistérios entre dois seres estranhos que se amam apaixonadamente

E que se completam entre gozos, beijos, suores e mordidas
Mas que acabam quando chega o dia e esperam novamente
Pela noite para fazerem tudo novamente, sem censura e limite

Só que dessa vez mais gostoso
Pois já nos conhecemos, beijo ele
Sorvo tua língua, sugo tua boca

Beijo novamente ele, trago-o bem junto a ela
Sente meu perfume, embriaga-se, chupa, lambe, goza
Fica louco e quer tudo novamente, agora faz investida ao contrário...

Sol pereira
25/02/2009 – 23h

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Como um conselho de Rainer Maria Rilke

Serei paciente com as coisas do amor
Não correrei mais atrás de uma certa pessoa
Tentarei amar a quem me ama,
Ou está disposta a me aceitar
Do jeito que sou com os meus defeitos e qualidades
Não procurarei mais respostas nas coisas impossíveis
Sei que não gostaria e nem saberia conviver com as respostas
Viverei daquilo que eu sei, sem colocar expectativas
Nas respostas futuras, pois quem sabe algum dia bem distante,
Eu tenha as respostas das quais sempre esperei e as dispensarei
Aprendi a conviver sem elas e agora não me interessam mais

Sol pereira

24/02/2009

Súplicas




Já que não vê vida em mim
Quero o meu o fim
A tristeza tomou conta do meu ser
Tirou-me a vontade de viver

Tranco-me em mim sem canais
E fico somente com os meus ais
Encontro somente a solidão
De mãos dadas com o coração

Confabulando com a dor
Por onde foi parar a vida
Hoje, saturada e esquecida
Meu peito clama por amor

Minha pele pede a tua mão
Minha boca o teu beijo com paixão
O meu corpo quer o calor
Os meus braços, teus abraços

Minha rosa sem o perfume
Chora junto ao jasmim
Pétalas se transformando em estrume
E espinhos tomando conta do jardim

Não me queira apenas por musa
O coração não resiste e nem vive
Só de temas, poemas e versos
Ele quer muito mais, ele quer vida

Devolva-me a mim, quero os são meus
Tire-me da solidão
Quero a vida com emoção
Se não tem amor, adeus

Sol pereira

24/02/2009

Divagações


Sempre costumo sair pela noite
Vago a procura da minha alma gêmea
E nessas caminhadas te encontrei
Tamanho exato e encaixe perfeito
Côncavo e convexo
Espelho e reflexo
Alma e essência
Imagem de mim
Lábios e bocas
Gostos e sabores
Olhos e luz
Que reluz nos teus
Céu e estrelas, luar no firmamento
Percebi que temos os mesmos dons
Gostos e vocabulários, sem dizer as mesmas leituras
Sofremos do mesmo mal do século, a solidão
E extravasamos com a beleza da poesia
Nela falamos o que teríamos vontade de fazer,
Mas sem muita coragem, pois hoje, o mundo anda
Muito meio que fora do nosso alcance, um tanto
Consumismo pela beleza exterior e esta nos fazem
Muito mal, pois não sabemos ao certo como somos
Um para o outro, sei da tua cultura, sabes da minha
Mas aí dizer que conhecemos totalmente os nossos íntimos
E isso é alheio a tudo, só nos conhecemos através
Da palavra e esta só sai bonita quando escrita no papel
E o mais são minhas divagações

Sol pereira

24/02/2009

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009


Simples e belo como o sol

Então sejamos como o sol
Dono do maior espetáculo da terra, o arrebol
Ilumina o dia para diferenciar da noite

Dar o teu calor a quem sente frio
E, nem por isso, canta aos quatro cantos
A tua imensa bondade

De aquecer a humanidade
Hoje, a mãe natureza é grata pelos teus encantos


sol pereira

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Beijei

Beijei

A tua boca beijei
Com os meus lábios de mel
E, de tão leve levitei
Depois que vi o teu céu

A tua boca adocei
E tirei o teu fel
A tua boca beijei
Com os meus lábios de mel

De tanto que beijei
Rodopiei no meu vergel
Sonhei e acordei
Que tiravas o meu véu
A tua boca beijei

Sol pereira
09/02/2009

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Um amor divino




Sinto tanto a tua falta
Será onde foi parar aquele amor
Que não deu para calar
Em teu peito?

O que foi feito de nós e do grande amor?
Fomos cada um para o seu lado
Seguimos uma estrada longa e amarga

Encontro-me aqui olhando tua fotografia
Foi tanta expectativa em cima deste amor
O que deu errado?

Será que foi o teu amor que não resistiu
O que a vida tinha para nos oferecer?
Ou foi a tua dúvida Quanto ao teu amor por mim?

Nestas incertezas, a vida tomou outros rumos
Hoje, chorou um amor que calou em teu peito
Porque da vida não esperavas surpresas

E, agora, tu e eu separados pelo destino
Sem rumo e na incerteza de um novo amanhã
Choramos um amor que tinha tudo para ser divino
sol pereira

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O poeta


O poeta de trovador se faz
Para cantar as mais lindas cantigas de amor
Hoje, sei que o amor em meu peito jaz

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O passado rondando




Vem me visitar?
Senti teu corpo quente
Na minha pele roçar

Por que não me despertou
E a minha boca beijou?
Foi embora sem se despedir

Poxa! São raros momentos
Que ficamos juntos
Guardo sempre nos meus pensamentos

Daqueles dias de verão
Que tu chegavas sorrateiramente
Abraçava-me, nos beijávamos e eu ficava na tua mão

Como gostava quando pegavas rosas no jardim
E as oferecia para mim
Hoje, só te tenho assim

Preso ao um passado distante
Mas sempre rondando o meu presente

Sol pereira

ESSA SOU EU




Sou como tantas outras, sou igual a você
Não tenho compromisso com ninguém
Sou alma livre, um pássaro fora do ninho

Vez ou outra dou meus voos
Voou muito longe, fora do meu alcance
Perco-me na imensidão da noite de luar

Sou uma pessoa tímida
Embora meus textos não condiga
Com os meus comportamento e pensamento

Sou humana e passível de erros
Não me julgue pela minha aparência
Pelo meu comportamento além dos dogmas

Sou adulta, chefe de família
Mãe responsável pela sua prole
Não me confundam e nem me comparem com uma libertina

Sou assediada o tempo todo
Muitas das vezes, correspondo ao assédio
Porque é do meu interesse, o outro é do meu agrado

Sou gente que tem um coração no peito
E, nas veias, corre sangue da cor vermelha
Amo, odeio, rio, choro como todo mundo

Tenho apetite sexual também
Sou filha de Deus e vossa irmã também
Portanto, não tire conclusão ao meu respeito

Antes mesmo de me conhecer pessoalmente
Quem já teve essa oportunidade sabe o que digo
Sou diferente, gosto do meu jeito de ser

Não faço mal nenhum em ser assim
De gostar das coisas belas e ter bom gosto
Por vezes, meus poemas me remetem

No mais fundo do meu ser
Então, antes de me julgar
Como uma pessoa fora do meu tempo

Da minha criação dos dogmas
De uma família falida
Que vive de aparências

Entenda os meus Eus
Amo, gosto, namoro
beijo, erro, conserto

Como todo ser humano passível de erros
Assim como você


sol pereira