domingo, 10 de janeiro de 2010

Sou o poema



Aquele não em forma de fonema
As minhas vontades
Estão explicitas
Não me mostro nas entrelinhas
Os meus s versos são as necessidades
Do poeta? Talvez não
Da mulher, da fêmea que habita em mim
E estas movem:
Céus, terras e mares
Busco novos horizontes
Escalo montanhas
Atravesso rios e vales
Só para me encontrar
Venha, tome posse do meu corpo
Ocupe o teu lugar
Chega de recusar
O que está a lhe ofertar
Se deixe flechar
Não lute mais contra o ar
Mova-se em minha direção
Toma-me em teus braços
E mostre a melodia da canção
Sou poema, mas a alma
Ah, esta é a mulher
Aquela que te traz a calma
Esta que quer dar-lhe o prazer
Sou poema? Sim
Mas do concreto
E a solidão em mim
Se faz na presença do amor
Em forma de loucura
Dos meus atos
E os meus gozos são fatos
De quem procura
Viver em pleno gozo da paixão
Em ler-me e se deleitar
Em alto mar
Sentido o prazer
Beijando a boca da mulher
Sou poema, mas inspiro
O desejo do vampiro
De sugar
A seiva da vida
Para depois curar da ferida
Sou a grafia
Em meu corpo a poesia
Minha alma, a essência
Que em ti inebria
Então, prove
Da minha carícia
Sou poema, sou ave
De pluma suave
Que alça voo em tua direção
Seja o meu amor e a minha paixão
Desvendas as minhas linhas e descubra minha vontade
Refaça a minha vida devolva-me a juventude
Sou poema, teorema
Sou o tema

Sol pereira

Ritmos do amor




O amor é assim:
Ritmos, melodias
Barulho das bocas
Silêncios nos olhares
Mãos caladas
Corpos suados
Tropeços dos pés
Cambaleando em direção
Ao altar
O amor na sua plenitude
E na consagração do amar
Assim é o amor:
A dança de todos os ritmos
Mas sem perder a sua primordial essência
Que é a pureza da alma.
Ah, esta não tem idade e nem preço
Quem ama o amor é preciso de mais apreço
Não deixar morrer a flor que acabou de florir em teu jardim

Sol pereira