quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Loucura de uma paixão


Quando fito o teu olhar no meu álbum de fotografia
Sempre desconfio que eles falam mais que a tua boca
Eles dizem que me amam, mas sou uma utopia

Que a nossa realidade não passa de uma fantasia louca
E, que na tua vida sana a loucura tomou conta
Mergulho de cabeça nesse amor insano

E pergunto-me: Quem já não ficou louco por conta de um amor?
Atire-me a primeira pedra quem é totalmente sano
Quem já não viveu ou fez uma loucura por amor?

Confesso que já fiz e faço todos os dias, meu coração é louco
E sofre pela minha vidinha sana
Quero ficar louca todos os dias só para ter o prazer de te ver

E ser acarinhada pelas tuas mãos sanas
E beijada pela tua boca louca de desejo do meu corpo sano
E a minha mente demente de tanto te amar

Sol pereira

Dia dezessete



Dia dezessete está chegando
É um dia lindo também do calendário
Lembro-me bem desse dia
Não tem como esquecê-lo

Você puxou-me e fechou a porta
E o nosso amor deu início à nossa história
História que será contada e eternizada
Para os nossos amigos e familiares

De um amor que começou
Em uma telinha fria de um computador
Quando você nos meus olhos fitou
E percebeu que não poderia viver
Só de uma fotografia de uma utopia

Precisava de uma realidade coisas mais palpáveis
Então nesse dia deu-se a nossa história
Que começou com abraço e beijos intermináveis

Foram tantos que poderíamos viver sem eles
Pois, nesse dia,a gente se beijou como nunca antes
Tínhamos beijado, veio da nossa necessidade
De estarmos juntos mesmo que fossem por uns segundos
Mas valeu à pena o que foi nosso, será contado para eternidade.

E disso tirei uma lição:
Podemos até ficar doentes, até mesmo dementes
Mas não podemos nunca de deixar fazer
O que manda nossos corações
E não me arrependo do que eu fiz, fiz por amor

Sol pereira

Um pouco de mim



Toda minha vida foi vivida com os pés no chão
Nunca me vi em castelo de ilusão
Tudo foi muito bem pensado e consumado
Desde meus tempos de menina nunca sonhei um sonho sonhado

A vida que levava não dava tempo para sonhos
Sou a terceira de nove filhos, meus pais muitos severos
Não me dava chance de sonhar, tinha de ajudar nas tarefas diárias
Meu pai, filho de italiana, por sua vez só pensava em trabalho

E todos os filhos mais velhos eram obrigados a ajudar
Não só nas tarefas da casa, como também ajudá-lo a ganhar mais dinheiro
Eu, como sempre era protegida pela minha avó paterna,
Livrava-me de algumas tarefas e, com isso, tinha mais tempo para escrever

Sonhava sim, mas acordada com os pés no chão
Que iria conhecer meu amado e este me levaria
Na garupa do teu cavalo alado e o mesmo seria minha eterna paixão
Foi exatamente o que aconteceu, mas foi um engano uma lástima.
Não o amava o suficiente para a vida toda como tinha prometido perante o padre.

Mais tarde sempre sonhando com o meu castelo de pedras firmes
Sonhei que encontraria o amor da minha vida e como estava escrito e assim se fez.
Hoje já não vivo de sonhos, mas sim uma realidade linda
Fui abordada pelo o homem que selaria a minha vida
Um homem gentil, um cavalheiro tirado das histórias
De cavalaria do rei Arthur como o gentil Galhard.

Sou feliz por amá-lo, muito embora tenha de lutar
Pelo teu amor, como não vivo em contos de fadas,
Mas em uma realidade fria e cruel, em que sempre tem gente tirando vantagem
Em tudo e, sobretudo, fazem de um tudo para chamar atenção.

Vou vivendo neste mundo real, onde coloco o amor acima de qualquer suspeita.
Encontrei-te e não vou abrir mão de você, poderemos nunca viver juntos.
Levar-me-á dentro de você, pois somos da mesma essência e esta não se divide
Mas sim se multiplica dentro de nós, sendo assim, sou você.
Onde se conclui: somos um só em duas matérias que um dia irão apodrecer.

Esta é um pedaço de minha vida, tenho muito mais para contar, fatos e atos
Que me fizeram esta mulher batalhadora, sonhadora, mulher que não deixa
Se intimidar por aparências vulgares, por fofocas, por castelo de ilusão
Apesar de ser poeta, tenho muito o meu pé no chão.

Sol pereira