quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Um pouco de mim



Toda minha vida foi vivida com os pés no chão
Nunca me vi em castelo de ilusão
Tudo foi muito bem pensado e consumado
Desde meus tempos de menina nunca sonhei um sonho sonhado

A vida que levava não dava tempo para sonhos
Sou a terceira de nove filhos, meus pais muitos severos
Não me dava chance de sonhar, tinha de ajudar nas tarefas diárias
Meu pai, filho de italiana, por sua vez só pensava em trabalho

E todos os filhos mais velhos eram obrigados a ajudar
Não só nas tarefas da casa, como também ajudá-lo a ganhar mais dinheiro
Eu, como sempre era protegida pela minha avó paterna,
Livrava-me de algumas tarefas e, com isso, tinha mais tempo para escrever

Sonhava sim, mas acordada com os pés no chão
Que iria conhecer meu amado e este me levaria
Na garupa do teu cavalo alado e o mesmo seria minha eterna paixão
Foi exatamente o que aconteceu, mas foi um engano uma lástima.
Não o amava o suficiente para a vida toda como tinha prometido perante o padre.

Mais tarde sempre sonhando com o meu castelo de pedras firmes
Sonhei que encontraria o amor da minha vida e como estava escrito e assim se fez.
Hoje já não vivo de sonhos, mas sim uma realidade linda
Fui abordada pelo o homem que selaria a minha vida
Um homem gentil, um cavalheiro tirado das histórias
De cavalaria do rei Arthur como o gentil Galhard.

Sou feliz por amá-lo, muito embora tenha de lutar
Pelo teu amor, como não vivo em contos de fadas,
Mas em uma realidade fria e cruel, em que sempre tem gente tirando vantagem
Em tudo e, sobretudo, fazem de um tudo para chamar atenção.

Vou vivendo neste mundo real, onde coloco o amor acima de qualquer suspeita.
Encontrei-te e não vou abrir mão de você, poderemos nunca viver juntos.
Levar-me-á dentro de você, pois somos da mesma essência e esta não se divide
Mas sim se multiplica dentro de nós, sendo assim, sou você.
Onde se conclui: somos um só em duas matérias que um dia irão apodrecer.

Esta é um pedaço de minha vida, tenho muito mais para contar, fatos e atos
Que me fizeram esta mulher batalhadora, sonhadora, mulher que não deixa
Se intimidar por aparências vulgares, por fofocas, por castelo de ilusão
Apesar de ser poeta, tenho muito o meu pé no chão.

Sol pereira

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