domingo, 6 de janeiro de 2008

Rouxinol


O canto do Rouxinol amanheceu triste
Do seu cantar outrora alegre e encantador
Agora, a tristeza é o que nele mais existe
O Beija-flor hoje se transformou em um Condor.

Com vôo alto, o seu alimento não é mais a bela flor
Vive e se alimenta dos restos deixados pela dor
Do amor que ele transformou em rancor
De belo e meigo pássaro, hoje tu és um Condor

Que vive como louco a voar pelo céu
Em busca de perdão pela dor que ocasionou
Eu, o Rouxinol, com meu canto triste, mas tiro o meu chapéu

Para a bela flor que, com todo dissabor, te amou
Mas magoada, hoje, ela prefere ser a comida do Bem-te-vi
E, eu, confesso amor igual a este nunca vi.

Sol pereira

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